novembro em porto alegre
a luz branca a um só tempo
dolorosa e quente ergue
o nocivo laranja das pedras grês
a claridade tumular dos basaltos
quase meia vida e
nenhum poder de adaptação
traços que se somam
certezas que se borram
carros que se definem
apagando-se em metálicas faíscas
um grupo de ativistas passa
suam seus corpos nus
suas peles parecem de aço
um tipo repulsivo de liga
avessa às sombras
concreta como um poste
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